A bioimpedância na avaliação da composição corporal

 

Hoje em dia, a crescente preocupação com o aspecto físico e a busca incessante por resultados leva a que seja necessário a utilização de métodos objetivos da avaliação da composição corporal, nomeadamente a verificação do percentual de massa gorda e massa isenta de gordura, através de um instrumento válido e fiável. No contexto de ginásios e academias, um dos instrumentos mais valorizados pelos praticantes é a balança de bioimpedância.

Os resultados obtidos neste instrumento dependem da oposição oferecida ao fluxo de corrente elétrica, que se denomina por impedância. A massa gorda, pouco rica em água e, consequentemente, má condutora elétrica, oferece uma alta resistência a este fluxo. Os tecidos magros, amplamente ricos em água e eletrólitos, são bons condutores elétricos e, como tal, não oferecem resistência à corrente elétrica.

os objetivos da avaliação da composição corporal, nomeadamente a verificação do percentual de massa gorda e massa isenta de gordura, através de um instrumento válido e fiável. No contexto de ginásios e academias, um dos instrumentos mais valorizados pelos praticantes é a balança de bioimpedância.

Os resultados obtidos neste instrumento dependem da oposição oferecida ao fluxo de corrente elétrica, que se denomina por impedância. A massa gorda, pouco rica em água e, consequentemente, má condutora elétrica, oferece uma alta resistência a este fluxo. Os tecidos magros, amplamente ricos em água e eletrólitos, são bons condutores elétricos e, como tal, não oferecem resistência à corrente elétrica.

 

 

Fig.1: Compartimentos da composição corporal.

 

Pressupostos de utilização

Na avaliação por bioimpedância, só é possível obter uma avaliação correta e fiável, se forem cumpridos uma série de pressupostos. Quanto mais condições forem satisfeitas, mais credível será a avaliação. Os pressupostos de utilização visam na maioria o controlo de questões relacionadas com o instrumento e o sujeito. Alguns exemplos são:

• Usar álcool para limpar o material/sensores;
• Jejum de 8 horas;
• Estar com a bexiga vazia antes da avaliação;
• Evitar diuréticos nos 7 dias antecedentes ao exame;
• Não praticar exercício nas últimas 12 horas;
• Não consumir álcool nem cafeína nas 24 horas antes do teste;
• Adiar o teste em mulheres com a menstruação;
• Manter a temperatura da pele ao nível ambiental;
• Apresentar a pele sem lesão ou ferida evidente;
• Retirar qualquer material metálico;

Acrescentando às condicionantes anteriores, algumas patologias, como a insuficiência cardíaca, problemas do fígado ou nos rins, hipotiroidismo e alterações eletrolíticas podem influenciar resultados e impedir a avaliação (é realizada apenas em situação de doença controlada), assim como algum tipo de medicação. Em pacientes com pacemaker, a análise não é recomendada.

 

Reflexão e sugestões

Olhando para todos estes requisitos e pensando na complexidade de controlo a que alguns deles exigem, em contexto de ginásio e academias é extremamente difícil cumpri-los, o que naturalmente reduz a precisão dos resultados.

No entanto, a portabilidade, a segurança, a fácil utilização, o baixo custo e o resultado instantâneo da bioimpedância, parecem ainda assim ser suficientes para “convencer” o mundo fitness a usá-la com grande frequência.

Apesar de difícil, é extremamente importante satisfazer o máximo de pressupostos para que o resultado seja o mais verdadeiro possível. Sabendo que cada um de nós tem hábitos de vida diferentes, teremos uma avaliação mais fiável se esta for realizada sempre nas mesmas condições. Após a primeira avaliação, deve ter-se em conta que as análises seguintes devem ter um padrão semelhante, ou seja, obedecer aos mesmos pressupostos, hábitos diários e horário da avaliação. Cumprido isto, treine, divirta-se e cuide da sua saúde!

 

Texto de Tiago Granja