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11
2018

O STRESS ENGORDA?

O trânsito, os transportes públicos, o barulho dos carros, a pressão no trabalho, as tarefas domésticas e, por vezes, as poucas horas de sono fazem parte da nossa rotina. Estes são os principais impulsionadores do stress. Mas daquele stress que é inerente a toda a gente e do qual dificilmente se pode fugir nos dias normais.

Este stress é mau, como qualquer outro tipo de stress o é. Contudo, há alturas em que ele, devido às circunstâncias, aumenta e ganha proporções mais descontroladas e pode refletir-se no nosso aspeto. Ou seja, apesar de se associar o stress excessivo à perda de peso —que pode acontecer —aquilo que é mais comum é o inverso: engordar.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer uma coisa: “O stress, por si só, não engorda”. O que o stress pode causar é um aumento de apetite, que, por sua vez, nos leva a comer mais. É com o resultado deste aumento na ingestão de calorias que se pode dar o excesso de peso.

 

O STRESS AUMENTA A INGESTÃO DE COMIDA!

 

 

E porque é que ficamos com mais fome? Por causa de uma hormona produzida pelas glândulas suprarrenais: o cortisol. O cortisol é conhecida como a hormona do stress, que é produzida pelo corpo em resposta a momentos de maior pressão. Também é resultado de poucas horas de sono, de traumas, de lesões, de dietas demasiado hipocalóricas e exercício físico de grande intensidade e volume.

Já tiveram um dia em cheio no trabalho, sem sentir muita fome até que chegam a casa e a vossa dispensa não é suficiente?

Isto é um dos efeitos do cortisol no vosso corpo. Eis o que acontece num ambiente com pouco stress: o cortisol aumenta de manhã para ajudar a acordar; ao tomarem o pequeno-almoço ele volta a diminuir em cerca de 50%. Com as várias refeições ao longo do dia, isto mantém-se até onde atinge um mínimo durante a noite. O nosso corpo experiencia alguns picos de cortisol perto das refeições principais, num esforço de aumentar a energia, bombeando açúcar no sangue.

Tudo isto muda quando estamos num ambiente alto em stress. Estudos revelam que apesar do efeito agudo do stress diminuir o apetite, ao longo do dia tende a libertar mais hormonas responsáveis pelo seu aumento.

Os níveis altos de cortisol ativam uma parte do nosso cérebro ligado ao prazer, fazendo com que desejemos certo tipo de alimentos. Isto faz com que boas escolhas alimentares sejam um pouco postas de lado de forma a colmatar esse desejo.

Alimentos ricos em hidratos de carbono aumentam os níveis de insulina, hormona que atua de forma antagonista ao cortisol. Quando os níveis de açúcar no sangue aumentam e a insulina é libertada, faz com que os níveis de cortisol diminuam. Sendo este desejo por hidratos de carbono, um mecanismo de defesa contra níveis elevados de cortisol.

Os altos níveis de cortisol danificam as células, diminuindo a sua sensibilidade à insulina. Assim que esta resistência aumenta, os níveis de leptina e grelina (hormonas da fome), também aumentam e fazem com que seja difícil controlar a quantidade de comida que ingerimos.

Essas calorias desnecessárias (extra) são acumuladas/reservadas sobre a forma de gordura, onde normalmente a barriga é o primeiro sitio onde se deposita.

 

Solução: Planear as refeições ao longo do dia. Esta organização vai ser vital tanto para manterem o objetivo dentro da mente, como a ingestão de comida regular faz com que estes níveis de cortisol baixem, o que ajuda a controlar o stress.

Será sempre muito mais difícil para pessoas que estão de dieta perderem peso se estiverem sobre grandes níveis de stress, porque ao mesmo tempo que se estão a tentar controlar, podem ver disparados os níveis da produção desta hormona.

No mundo perfeito, o ideal seria não sentir stress. Mas isto é, infelizmente, impossível. Aquilo que se pode fazer é reduzir os seus níveis, procurando um equilíbrio físico, mental e emocional, que permita evitar situações de perda de controle, nomeadamente em períodos de perda de peso.

A atividade física é importante para regular a função das adrenais e estimula a produção de endorfinas, neurotransmissores que sinalizam ao cérebro bem-estar e prazer. Não é apenas importante o que é bombeado para circulação em resposta ao exercício, mas também a capacidade de remover substâncias prejudiciais da corrente sanguínea, como compostos que atuam a nível cerebral induzindo um estado depressivo e distúrbios neutro-cognitivos. Sendo esta mais uma forma pela qual a atividade física atua no sentido de reduzir o stress e, mais do que isso, aliviar os sintomas depressivos.

Boas Leituras! Bons Treinos!

autor: Delfina Carvalho

Comentários
1
Raquel

Otima dica 👌

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