Porque é que eu não consigo emagrecer?
É uma pergunta que nos causa uma certa dor de cabeça, certo?
São diversos os fatores que podem estar intimamente ligados ao facto de não conseguirmos diminuir a nossa percentagem de massa gorda, tais como a alimentação, problemas hormonais, a escassez de atividade física ou até um desequilíbrio do sono.
No que diz respeito à mulher, devemos ter em atenção ao uso de métodos anticoncecionais hormonais. O período da menopausa, normalmente é também uma fase em que devido à desregulação hormonal as mulheres sentem um aumento do seu peso, bem como volume corporal. Quando as estruturas celulares responsáveis pela produção de energia (mitocôndrias) envelhecem, a nossa capacidade de metabolizar gordura diminui. Este é um processo típico da menopausa, em que a fome e o desejo por alimentos mais calóricos tendem a aumentar. É necessário perceber como esta o funcionamento das glândulas supra renais, localizadas acima dos rins e que funcionam também no controlo do nosso metabolismo. O metabolismo é o momento em que o nosso organismo transforma os nutrientes em energia (e os armazena nos músculos, por exemplo, ou sob a forma de gordura). Sem ele, o nosso corpo não teria energia para executar funções vitais, tais como a respiração, fazer a digestão ou estimular o ritmo cardíaco.
A relação entre a percentagem de massa gorda e de massa magra do nosso corpo, assim como a idade, vão condicionar qualquer individuo na sua prática de atividade física e, por consequência, o peso corporal.
No que diz respeito à alimentação, quase toda a população já experimentou mil e uma dietas na esperança de que “é desta vez que eu emagreço”, no entanto, não há milagres. Adianta estar a restringir uma parte da alimentação durante cerca de três semanas para depois voltarmos a ingerir o dobro ou mais? Não há resultados, mas sim frustração.
Perdas de 6kg em 3 semanas, as tão conhecidas “dietas loucas” podem ser apelativas, no entanto, são perdas desequilibradas, e muito provavelmente são quilos perdidos que serão recuperados em dobro. Um perda progressiva, equilibrada tanto a nível alimentar como no acompanhamento físico, é o recomendável.
No que diz respeito ao exercício, há o mito de que é necessário estarmos horas e horas em trabalho cardiovascular ou que temos de sair exaustos e a suar excessivamente para realmente ter surtido “efeito”. Às vezes não é necessário o treino diário de uma hora, mas é mais produtivo, por exemplo, 30 a 40 minutos de uma forma bem acompanhada e seguida por um profissional, numa fase inicial de 2 a 3 vezes por semana e depois então aumentar consoante as necessidades de cada individuo.
A gordura localizada, principalmente a gordura abdominal dá dores da cabeça a qualquer pessoa. Contudo, não é por fazermos 300 abdominais por dia que a gordura vai desaparecer daquela região do corpo. O nosso corpo é visto como um “todo”; trabalha em simultâneo como um sistema.
A prática de atividade física diminui a pressão arterial e a frequência cardíaca de repouso bem como a acumulação de gordura, promovendo um aumento da força, da massa muscular, densidade óssea e flexibilidade. São tudo pontos a favor do exercício.
Contudo, a nível do exercício o que devemos de privilegiar?
Antes de mais, perceber qual o objetivo a alcançar. Lembrar que não somos todos iguais, o que é bom para mim, pode não ser bom para outra pessoa. Aquilo que eu gosto, há outras pessoas que não gostam. Devemos de procurar um acompanhamento especializado de modo a que esclareçam todas as dúvidas.
Contudo, de entre diversos tipos de treino, devemos privilegiar:
O Treino de força com recurso a pesos ou exercícios que usam meramente o peso corporal;
Treino em que existe variância de intensidade, ou seja, alternância entre exercícios de maior intensidade e exercícios menos intensos, para promover uma recuperação ativa;
Treinos em circuito com sequência de exercícios consecutivos com pouco tempo de descanso entre as séries;
Aulas de grupos cardiovasculares (Step, Body Jump, Zumba, Body Power);
Optar pelo que mais nos agrada é um fator que nos motiva à pratica. Procurar no mínino realizar atividade física 2 a 3 vezes por semana, sentindo-nos bem, aptos e satisfeitos com a prática;
Assim, devemos de colocar a pergunta:
“Quanto tempo é que posso investir em mim?”; “Quanto tempo tenho para praticar exercício?”
O primeiro passo é sempre o mais difícil. Começar custa, mas desistir não é opção. Devemos de estabelecer um objetivo, uma meta real e levar a nossa motivação até ao fim.
Juntos podemos alcançar os teus objetivos!
Ainda tens dúvidas sobre quando deves começar?
Catarina Pinhal