Há tradições que se devem manter

A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de 400g de hortofrutícolas por dia. Um passo simples para atingir esta recomendação e ter uma alimentação mais saudável e completa é resgatar algo que se tornou menos comum em muitos lares portugueses, o hábito de comer sopa. Um preparado que acompanha a humanidade, acredita-se que desde a pré-história, com a sua própria evolução e adaptação aos tempos e à cultura.

Nutricionalmente existem 3 tipos de sopa:

• Sopa (propriamente dita):
  • Cozedura de diversos alimentos, triturados ou não, em água;
  • Nutricionalmente mais completas que os caldos.
• Caldo:
  • Inclui apenas a água da cozedura, sendo que os alimentos são retirados depois de cozidos;
  • Mais pobres em fibra do que a sopa, no entanto continua a fornecer vitaminas e minerais.
• Sopa rica:
  • Adição de alimentos como carne, peixe, marisco ou ovos.

P.S: Canja não é sopa

E quais as vantagens da sopa?

• Baixo valor calórico com enorme riqueza nutricional;
• Boa fonte de água;
• Ótima fonte de vitaminas e minerais, já que a água da cozedura dos horticolas não é desperdiçada, mas, sim, parte do produto final, e ainda rica em fibra
• Aumento a digestibilidade dos alimentos incluídos;
• Controlo do apetite, quando ingerida no início da refeição;
• Fácil digestão;
• Simples confeção, conservação e consumo;
• Forma “fácil” de consumir hortícolas, nomeadamente quando falta no prato principal;
• Baixo custo e baixo desperdício;
• Ideal para todas as idades.

A sopa não tem de ser algo monótono, existem inúmeras conjugações possíveis entre os vários hortícolas. E não é necessário levar 8 hortícolas diferentes de cada vez, pode levar apenas 3-4 diferentes e assim ir variando.

Já dizia Emílio Peres, o pai da nutrição em Portugal: Sopa – comer de saudáveis.

Inês José Santos