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30
05
2018

Cancro Pulmão e Exercício Físico

Uma das primeiras associações que fazemos quando pensamos num indivíduo com cancro do pulmão é que ele deve movimentar-se o menos possível para não sobrecarregar a capacidade respiratória. Portanto, atividade física fica totalmente fora de consideração. Mas, na prática, não é bem assim.

Os doentes de cancro do pulmão apresentam uma sintomatologia pesada: falta de ar (ou dispneia), tosse, fadiga, ansiedade, depressão, insónia e dor.

Esta situação clínica agrava por diminuição significativa da capacidade funcional, após o diagnóstico de cancro do pulmão.

É, também, frequente os cuidadores e os familiares encarregues de cuidar destes doentes limitarem a atividade e o exercício físico. Sem intenção, conduzem-nos ao descanso para reduzir sintomas, o que contribui para a inatividade física e leva a um descondicionamento físico ou perda de capacidade física. Porém, os doentes com menor tolerância ao exercício apresentam resultados cirúrgicos piores. Tem um grau de resposta inferior à quimioterapia, de tolerância e sobrevivência.

Ao longo dos últimos 20 anos, o aumento da prática de exercício físico parece conduzir a resultados promissores no cancro e na terapia das doenças pulmonares crónicas. Uma revisão sistemática publicada no Journal of Thoracic Oncology resume as evidências existentes sobre o exercício em doentes com cancro do pulmão. O estudo concluí que, o exercício físico mostrou reduzir os sintomas, melhorar a tolerância ao exercício e a qualidade de vida, além de reduzir o tempo de internamento e as complicações pós-operatórias.

A reabilitação pulmonar antes e depois da cirurgia ajuda a melhorar a tolerância ao exercício, a dispneia e qualidade de vida. No entanto, a prescrição de exercício físico antes, durante e depois do diagnóstico e tratamento de um cancro do pulmão deve ser considerada.

 

EXERCÍCIO FÍSICO NO CANCRO DO PULMÃO

 Apesar dos benefícios e provas crescentes para aumentar a atividade física durante o tratamento do cancro e na sobrevivência, há uma questão frequente e pertinente: quanto exercício é que será suficiente?

Para um indivíduo ativo e saudável, dez mil passos por dia é uma meta frequentemente referida, mas provavelmente difícil de conseguir nos doentes de cancro do pulmão. Contudo, um estudo mostrou melhorias na qualidade de vida dos doentes que praticavam um exercício leve como a caminhada, prescrito ao longo de 6 meses.

No caso dos pacientes de cancro, com diz a investigadora da Universidade de Yale Linda Gottlieb, “o exercício oferece aos sobreviventes de cancro uma significante oportunidade de serem um jogador-chave na sua equipa de cura”. Mas quem luta contra a doença pode também beneficiar da atividade física, como explica, referindo que esta “ajuda a reduzir a probabilidade de recorrência”. E a qualidade de vida fica sempre a ganhar.

Embora a resistência e a capacidade física sejam limitadas durante o processo de tratamento e também durante os primeiros tempos de sobrevivente, a verdade é que a aptidão física melhora quando esta é estimulada, ou seja, quando a pessoa troca a vida sedentária e cómoda por uma vida ativa e dinâmica, algo que “encoraja os sentimentos de confiança, promove sentimentos gerais de bem-estar, diminui a ansiedade, a depressão e a fadiga”. E dá mais energia para continuar a lutar.

Dar ouvidos ao corpo e perceber que o corpo pós ou durante o cancro não é o mesmo que se tinha antes de ser diagnosticada a doença, é fundamental para não desanimar e para não colocar a saúde em risco. O ideal é procurar a ajuda de um especialista em exercício físico e aconselhar-se junto do médico.

Conforme é conhecimento da população, o tratamento oncológico acarreta efeitos destrutivos às células saudáveis, podendo representar grande impacto na vida dos pacientes. Nesse sentido, a atividade física vem demonstrando ser um opositor a esses efeitos.

Esta, quando realizada de maneira regular, vem demonstrando ser um adversário aos efeitos nocivos do tratamento, o que ocorre por meio de uma redução da frequência cardíaca de repouso e em atividade, melhora do transporte de oxigénio, ganho de força muscular, redução da fadiga e depressão, entre outras variáveis. Todos esses fatores resultam em uma melhoria das capacidades cárdioventilatória e funcional.

Procure um especialista e lute pela sua qualidade de vida, independentemente das circunstâncias.

Boas leituras e bons treinos!

autor: Delfina Carvalho

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